Síndrome da Talidomida: Um histórico vasto de vítimas pelo mundo

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Má formação do feto, essa é a anomalia provocada pela Síndrome da Talidomida, cerca de 10 mil pessoas foram afetadas por essa doença no mundo. O aspecto físico não é o único problema que essas pessoas têm, a sua moral perante a sociedade fica afetada, pois se sentem diferentes do resto das pessoas.

Mas o que é a Síndrome da Talidomida?
Desde 1954, o remédio Talidomida está no mercado mundial. Ele foi desenvolvido por alemães, e tinha o objetivo de controlar a ansiedade e os enjôos das mulheres grávidas. Mas, a partir de 1960, foi descoberto que o remédio provocava a má formação dos fetos dessas gestantes.

Isso acontece porque os efeitos do remédio ultrapassam a barreira placentária e interfere na formação do feto que fica com os membros junto ao tronco encurtados, além de poder ficar com defeitos visuais, auditivos, na coluna vertebral, no tubo digestivo, e problemas cardíacos.

Por conta dessa descoberta, o remédio foi proibido no mundo todo a partir de 1961, mas no Brasil isso só aconteceu em 1964, quatro anos depois. Em 1965, o Dr. Jacobo Sheskin, médico israelense, descobriu que o remédio era eficaz no tratamento da Hanseníase, e ele voltou a ser comercializado no país.

Com a volta da comercialização, em 1997, o uso da droga, por mulheres que estavam em idade fértil, foi proibido.

Mesmo com a proibição, a falta de informação dos médicos, das pacientes, e por conta da alto medicação, os casos da Síndrome continuaram. Nas décadas de 1990 e 2000, como o medicamento era utilizado para o tratamento de doenças como Lupus, Leusemia, Câncer, e Vitiligo, o que fez surgirem novos casos da Síndrome.

Hoje, a talidomida só é produzida pelo laboratório do governo federal e distribuída pelo Ministério da Saúde.

Indenizações
Desde 1982, as vítimas da Síndrome começaram a receber a pensão alimentícia. E nesta quarta-feira, 13, o Presidente Lula sancionou a lei que prevê a indenização, por danos morais, das vítimas da Síndrome de Talidomida.

As vítimas receberam entre R$ 50 mil e R$ 400 mil reis de indenização, que será paga pelo governo federal. Cerca de 650 mil pessoas serão beneficiadas pela lei cria pelo senador Tião Viana (PT-AC).

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