Uma proposta do deputado Sandro Regis.

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O deputado estadual Sandro Regis irá propor uma forma de transformar as cirurgias nos Hospitais do SUS na Bahia mais seguras. Uma ideia do Governo Federal, que já deveria estar implantada na Bahia.





O Checklist:




É muito importante frisar a atenção que deve ser dada, para a qualidade e o gerenciamento de risco em medicina. O Checklist  deve ser continuadamente readaptado ele é um exemplo que funciona na prevenção de erros em cirurgia.  O protocolo foi feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS), na tentativa de prevenir os erros mais comuns em procedimentos cirúrgicos, diminuindo significativamente a morbidade e a mortalidade cirúrgica. O protocolo é aplicado  em três momentos distintos: antes de começar a anestesia, antes de iniciar a cirurgia e antes do paciente sair da sala, com algumas verificações (perguntas objetivas) simples e que fazem toda a diferença. A lista de verificação não pode ser exaustiva, e a OMS recomenda explicitamente adaptá-lo às condições locais onde ela é utilizada. Evitando que ocorra um evento adverso no procedimento cirúrgico e obviamente não pretendido. Devido a processos com falhas ou erros de pessoas e que podem colocar em risco o enfermo. Os eventos adversos resultam de falhas sistêmicas, estruturais ou erros humanos, como esquecimento, distração, baixa motivação, descuido, negligência ou imprudência. O erro que é uma ação errada, um evento desfavorável temporalmente associado e atribuível ao mau julgamento, negligência, ignorância ou incompetência, é devida a ações desnecessárias, execução inadequada de manobras necessárias ou omissão de intervenções benéficas (subutilização). O erro é uma falha para completar uma ação planejada como pretendida, ou a utilização de um plano errado para atingir a meta. Os erros podem ser acidentais e evitáveis, mas que levam a complicações.
O trabalho cirúrgico atualmente se tornou modular. Não há mais a figura do médico principal e de sua equipe exclusiva. O anestesista que faz a visita pré-operatória ou o cirurgião que explica o consentimento informado obrigatoriamente não é o mesmo que dará a anestesia ou fará a cirurgia nos centros maiores.
O risco para o paciente sobe em primeiro lugar, devido ao potencial de se operar o enfermo errado ou  que a cirurgia ocorra em local errado e segundo porque informações importantes podem ser transmitidas erroneamente ou simplesmente perdidas.
Estes processos seriam claramente evitados se o cirurgião que vai realmente realizar a operação vê o paciente pessoalmente de antemão e confirma a indicação de cirurgia (mesmo se este cirurgião não é necessariamente aquele que obteve o consentimento informado do paciente).

 A introdução do protocolo  em um Hospital deve começar gradativamente, em apenas uma especialidade, como é ressaltado no Manual inicial da OMS. As  listas de verificação devem ser individualizadas. A lista de controle consiste em três colunas, que correspondem, portanto às três fases de uma operação. Posteriormente, as outras especialidades iram aderindo ao processo.
A lista original, precisa ser adaptada às condições locais.  É importante a identificação da equipe nos centros maiores, a função respiratória deve ser monitorada com oximetria de pulso em praticamente todos os procedimentos intervencionistas e cirúrgicos. Deve ser verificado o local da cirurgia e se o lado e o local marcado para o  procedimento a ser realizado este correto, sendo uma salvaguarda contra a realização da operação no lugar errado. Nós normalmente marcamos a incisão pretendida em si. Isso tem o benefício adicional de ser uma forma de comunicação com o enfermo, integrando-o mais profundamente no processo de tratamento e proporcionando uma oportunidade de fazer perguntas em caso de incerteza. A verificação se o material a ser utilizado se encontra disponível na sala e outro item importante.
A aceitação da lista de verificação em todas as especialidades cirúrgicas depende crucialmente de comunicação entre especialidades, bem como entre as diferentes profissões que constituem o pessoal de uma sala de operação. A lista de verificação não deve ser entendida apenas como uma lista de itens a serem marcados, mas sim como um instrumento para melhorar a comunicação, o trabalho em equipe e a cultura de segurança no centro cirúrgico, e deve se basear nesse entendimento.

A lista de verificação consiste de uma confirmação verbal, inicialmente a identificação da equipe por incrível que pareça a seguir a identificação do enfermo pela equipe cirúrgica, a seguir a identificação da cirurgia e o local do sitio cirúrgico.  A  conclusão dos passos básicos pela equipe para assegurar a entrega segura do enfermo, para a realização da anestesia, a profilaxia contra a infecção, o trabalho coordenado da equipe e outras práticas são essenciais no sucesso da  cirurgia. A listagem e utilizada em três momentos críticos: antes de a anestesia ser administrada, imediatamente antes da incisão, e antes que o paciente seja levado para fora da sala de operações. A lista de verificação foi adaptada para cada local, quando apropriado, e foi ajustado de acordo com o fluxo de atendimento em cada instituição.
As medidas listadas foram à avaliação objetiva e documentadas da via respiratória do enfermo antes da administração do anestésico, o uso de oximetria de pulso, no momento da iniciação e durante a anestesia. A presença de pelo menos dois cateteres venosos periféricos ou de um cateter venoso central, antes da incisão em casos que envolvam uma perda de sangue estimada de 500 ml ou mais. A administração de antibióticos profiláticos dentro de 60 minutos antes da incisão, exceto no caso de infecção preexistente, em um processo que não implique numa incisão em um campo operatório contaminado; a confirmação por via oral, imediatamente antes da incisão, a identidade do paciente, o local da cirurgia, e o procedimento a ser realizado, e realização de uma contagem de compressas ou gases e o numero de agulhas de sutura no final do processo. Listamos se todas as medidas de segurança foram tomadas para cada enfermo.
Foi encorajada a administração de antibióticos no centro cirúrgico, em vez de ser nas enfermarias, onde os atrasos são frequentes. A lista fornece confirmação oral adicional do uso de antibióticos, padronizados. Outras medidas que potencialmente também salvam vidas foram instituídas, incluindo uma avaliação das vias aéreas,  uso de oximetria de pulso, verificação oral se o material a ser utilizado na cirurgia estava reservado na sala, além da reserva de sangue quando necessário.
A lista de verificação é realizada por via oral por um membro da equipe e é projetada intencionalmente para criar uma consciência coletiva entre a equipe cirúrgica sobre se os processos de segurança estão sendo concluídos. As complicações cirúrgicas são uma causa importante de morte e incapacidade em todo o mundo.
Elas são devastadoras para os pacientes, caro para os sistemas de saúde, e muitas vezes evitáveis, embora a sua prevenção normalmente requeira uma mudança de sistemas e de comportamento individual. Portanto, um programa baseado em lista foi associado com uma diminuição significativa da taxa de complicações e de morte em uma cirurgia. Aplicada sobre uma base global, este programa tem o potencial de evitar um grande número de mortes e complicações incapacitantes.

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